Alcançar NetZero com Carbon Captura: uma abordagem disruptiva
Na União Europeia (UE), os transportes são responsáveis por cerca de 25% das emissões de CO₂, sendo assim um dos principais contribuintes para as emissões de gases de efeito estufa (GEE) à escala global.
A implementação de um Roteiro de Descarbonização numa empresa de Transportes e Logística exige investimentos relevantes nomeadamente na eletrificação da frota, como por exemplo substituir veículos a combustão por veículos elétricos. Isso requer investimentos significativos em infraestrutura de carregamento, baterias e tecnologias de veículos elétricos.
Descarbonização refere-se a tecnologias que eliminam o carbono dos processos produtivos. Este carbono pode estar presente de duas formas principais:
- Como fonte de energia: O carbono dos combustíveis fósseis (carvão/coque, gasolina, gasóleo, querosene, etc.) gera a energia necessária para movimentar pessoas, mercadorias e realizar processos.
- Como agente redutor em reações químicas: A produção de metais como aço utiliza carbono para retirar oxigénio do minério metálico. No caso do ferro, por exemplo, o minério (Fe₂O₃) é aquecido em altos-fornos com coque, liberando o ferro enquanto o carbono se combina com oxigénio para formar CO₂.
Na produção de aço, são gerados de 2,5 a 4 toneladas de CO₂ por tonelada de aço, dependendo do processo. Com mais de 1,8 mil milhões de toneladas de aço produzidas anualmente, o impacto ambiental é enorme. O alumínio, por exemplo, é ainda mais intensivo em carbono, produzindo 19,2 toneladas de CO₂e por tonelada de metal.
A descarbonização consiste em substituir o carbono como fonte de energia e como agente redutor em processos produtivos. No setor do aço, esta abordagem é conhecida como Carbon Direct Avoidance (CDA), ou “Evitar Carbono Direto”. Apesar do potencial, os desafios tecnológicos, económicos e sociais são significativos.
Net Zero, por outro lado, refere-se à capacidade de capturar e sequestrar permanentemente todo o CO₂ gerado durante um processo produtivo. Por exemplo, uma planta siderúrgica que produza 1 milhão de toneladas de aço ao ano, gerando 4 milhões de toneladas de CO₂, pode atingir o status de Net Zero se capturar e sequestrar integralmente essas emissões antes de chegarem à atmosfera.
Ambas as estratégias visam evitar o agravamento do aquecimento global. Contudo, devido ao atraso na implementação de soluções, o tempo tornou-se um recurso crítico. A descarbonização, apesar de promissora, pode ser mais demorada e complexa. Por isso, soluções Net Zero, que frequentemente apresentam custos mais baixos e prazos de execução mais curtos, ganharam relevância.
O sequestro de carbono: Uma abordagem disruptiva
A Carbon Captura, uma startup com soluções de ponta, que podem acelerar a redução das emissões de CO₂, desenvolveu uma solução inovadora NetZero baseada num processo chamado carbonatação, que utiliza uma solução saturada em CO₂ na presença de iões de cálcio (Ca) e magnésio (Mg). Esta reação forma carbonatos estáveis de cálcio e magnésio, materiais não tóxicos, encontrados naturalmente em muitos solos e minerais. Estes carbonatos são considerados uma forma definitiva e segura de sequestro de CO₂ e têm múltiplas aplicações como seja corrigir a acidez do solo, fornecer nutrientes para as plantas ou até ajustar o pH da água, tornando-a mais adequada para consumo humano ou para uso em processos industriais.
A adoção de soluções Net Zero pode ser a chave para reduzir os impactos do aquecimento global e construir um futuro mais sustentável. No entanto, as decisões que tomarmos hoje determinarão o destino da humanidade no nosso planeta.
A Carbon Captura acredita que, com inovação e colaboração, é possível enfrentar este desafio e garantir um mundo mais habitável para as próximas gerações.
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